Aos seis anos de idade eu tinha um cavalo chamado "Baio", eu
ia para a Vila (Pedro de Toledo-SP) com meu pai. Encontrava com o meu padrinho
e ele me dava 500 réis, dava para eu tomar café e comer um pão doce. Café com
leite e pão doce eram coisas que não tinham na minha casa por isso eu ficava
muito feliz com esse encontro.
Saíamos de casa as 05:00horas da manhã e voltávamos ao meio-dia, a Vila
era bem longe da minha casa.
Certa vez a caminho da Vila, o cavalo me derrubou embaixo de uma ponte.
Os moradores vieram me ajudar. Limparam-me e nós seguimos viagem para fazer as
compras na Vila, e é claro que eu ainda machucada tomei o meu café com leite!
Meu pai me montava no "Baio", colocava dois sacos de compras e
viajava andando a pé e puxando o cavalo.
Cavalo parecido com o Baio
Parávamos no rio e meu pai fazia uma
concha com uma folha chamada "Caité", para que eu bebesse água e o
cavalo também.
Com essa mesma folha, minha mãe fazia
uma espécie de pamonha. Ela pegava a mandioca limpa e deixava de molho na água
até amolecer, depois ela espremia e tirava toda a água, misturava nessa massa
torresmos e embrulhava nessa folha para assar no fogo a lenha e servir no café.
Caeté
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